quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Personalidade vs Linguagem

Tantas línguas, dialetos, regionalismos, sotaques e ainda temos os neologismos. Com essa vastidão de informações temos que conviver diariamente. E sempre acabamos fazendo novas ‘aquisições’ ao nosso vocabulário. Há quem diga estar livre disso: “Não, eu tenho personalidade, não preciso imitar o que os outros falam”. Será que tem mesmo?

È fato que em lugar algum desse planeta os indivíduos fazem uso da famigerada linguagem erudita em seu cotidiano. Imaginem quão desgastante seria para nós usarmos a próclise, a ênclise e mais ainda a mesóclise. Não dá! Com essas e outras a lingua falada vem se modificando ao longo dos tempos. A necessidade de se comunicar e de forma rápida tem sido tão crescente que as palavras até se contraíram. Além do mais, tem mais, surgem as gírias, uma infinidade delas. E nem vá pensando que são uniformes. Cada região tem as suas peculiaridades e seus ‘dizeres’. Quem nunca se deparou com uma porção de novas palavras e frases ao conhecer uma pessoa de origem diferente da sua. Uma verdadeira ‘falta de puisia’ ver uma pessoa que fala tão engraçado né. E nem adianta querer ‘rebolar no mato’, quando menos se espera o novo já está arraigado. Aí o jeito é se acostumar com a ‘chuva molhenta’, com os ‘trem’, com os ‘negoço das coisa’ ...

Sublime aceitação.

Fazer parte do quebra cabeça social requer tantas abdicações, os impulsos libidinosos mais vis e sujos que cada um carrega em seu interior mas que está lá sedento pra ser saciado, acabam sendo barrados e transmutados em comportamentos perfeitamente ‘normais’ frente à sociedade. É sublimação à serviço da aceitação e utilidade comunitária. Qual o preço disso? Será bom ou ruim?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Freud explica?

Mecanismos de defesa: creio que todos têm sua parcela no processo ego-protetor. Mas contra quem o Ego se protege? Talvez contra si mesmo. A desorganização é generalizada, mas ainda assim tem gerência: Id e Superego estão aí pra contar a história. Junte-se a isso as memórias processadas que residem no fundo do baú e as experiências que o mundo exterior proporciona. Um verdadeiro campo de batalha, que se reflete no Ego. Enquanto o Id quer fazer a crazy o Superego vem lembrar as convenções sociais. Como pode o Ego manter-se centrado, consciente e evitar as situações através da lógica, objetividade e racionalidade quando desse conflito todo vem o sentimento de culpa e a ansiedade? Ele sofre, e a dor é tamanha que tudo é válido pra se defender. Morfina, coquetel, ou até uma Cirurgia quem sabe... Pior ainda é o constrangimento gerado por impulsos alheios à vontade do ego, que se repetem levando à fadiga. O importante é parar a dor, cessando definitivamente o objeto da rejeição ou tratando-o homeopaticamente. Os esforços serão incessantes: SUBLIMAR, REPRIMIR, RACIONALIZAR, PROJETAR, DESLOCAR, IDENTIFICAR, REGREDIR, ISOLAR, REAGIR, SUBSTITUIR, FANTASIAR, COMPENSAR, EXPIAR E NEGAR. Qual te apraz mais?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

We'd never be the same

Sabe quando as coisas evoluem ou involuem, sei lá, depende do ponto de vista. Mas a certeza é que muda, comportamento, sentimento, vontades, enfim tudo muda e apesar disso as pessoas continuam agindo como se nada fosse diferente. Que fazer? Seguir o fluxo? fazer uma crazy mais forte? Não sei, mas a certeza que tenho é que quero apenas conviver bem com todos os amigos, colegas, conhecidos, companheiros de farra, e o que mais houver. Por vezes me senti mal por optar por esse comportamento, preocupado com o que os outros pensariam ou como me taxariam: 'sem personalidade', 'falso'... Mas que me importa opinião de quem sequer consegue entender, compreender, ou simplesmente aceitar meus desejos ou o que julgo o melho a se fazer, sem ao menos ouvir as razões. Parece muito mais conveniente agir como o senso comum espera...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

I've got trouble

Eis que uma musica não me sai da cabeça, e sem mais a letra reflete bem o momento atual, culpa de quem? minha mesmo que por horas perco a noção do que estou a fazer. Culpa de um comportamento que não condiz com meu ego.

"I've got trouble, trouble, trouble
Always knocking at my door
Yes I'm a whole lot of trouble, baby
Just like a kid in a candy store
Well, I'm nothing but trouble, babe
Not since the day that I was born
Well, I'm as good as it gets
Give you something you won't forget
If you wanna spell trouble, babe
Well, send out an S.O.S.
[...]
I've got a wicked taste for trouble
And I'm never, never, satisfied
Yeah I'm a whole lot of trouble, baby
And my evil ways can't hide
"

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E por falar em conveniências...

... não é que ela é tão cara de pau que continua batendo à minha porta! e os protagonistas continuam os mesmos. DIK

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fake?

Engraçado como as pessoas falham ao gelo da ignorância. Num momento se dizem melhores amigos, falam que amam, mas vire-se por um segundo pra outro lado e verás que tudo não passa de mera conveniencia. É muito fácil chamar de amigo, dizer que ama, afinal são palavras bonitas. Difícil mesmo é sentir-se amigo, amar e ser amado verdadeiramente. O problema todo é que na inocência é posivel acreditar na veracidade das palavras pronunciadas, e então vem as decepções. À primeira oportunidade, tudo desmorona como num passe de mágica. onde está a solidez? a coesão? a coerência dos atos? não há alicerce. É tudo fraco, pois só existe da boca pra fora.

Não há mais possibilidade de calar-se diante da infantilidade do pseudo-sentimentalismo.