sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Telegrama

Eu fiquei abismado como em questão de poucas horas a vida dá uma reviravolta.
Segunda estou eu sentado no sofa metendo bufa no cordão, como costuma dizer minha amiga Ró, quando toca o interfone insistentemente. Morrendo de preguiça fui atender.

- Oi.
- Christian, você pode descer aqui? tem um telegrama pra você.
-Tá.

Primeiro pensamento: "Mas nem é meu aniversário, que será!?" Chegando à portaria pus as mãos no tal telegrama e para meu espanto era um aviso de que eu havia sido nomeado Servidor da Secretaria de Estado de Educação do DF.

PLAM!

Sabe quando você fica assim meio bebado de repente? Eu não sabia nem o que falar, fiquei totalmente sem ação. Afinal, já não esperava mais por isso.
Desde então estou vivendo uma loucura. Em breve será a posse.
Vivo um momento totalmente egoista mas, sinto-me tão bem e acho até que largarei as pílulas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Só queria alguem pra chamar de "ABÔ" quando estou gripado.
Ah, sentimentalidades de quem está doente.
Eu fico tão clichê.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não rasgue a seda, que esfiapa-se

E para virar a página informação. É sempre bom acrescentar um ponto a mais ao acervo cultural.

Sabe quando vem aquela pessoa muito simpática e agradável tecendo-lhe os mais afáveis elogios? É até de se desconfiar. O que será que este indivíduo pretende? Bom, não importa a resposta, o fato é que a ação tem um nome bem peculiar: "rasgar a seda".

Raios! Mas quem será que inventou esta expressão?
Bem, a frase que se eterniza como sinônimo de loas exacerbadas é obra do dramatugo Martins Pena. Em uma de suas comédias (de nome desconhecido) um vendedor chega à casa da donzela a fim de cortejá-la. Como pretexto oferece-lhe algumas fazendas "apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela". Ao que a moça lhe responde: "Não rasgue a seda, que esfiapa-se"

Ah sim é bem verdade que esfiapa-se. E a seda esfiapada, não agrada aos olhos!

reflita.
Um dia ouvi alguem dizer em alto e bom som: "Obrigado por não desistir... de mim". Incrivelmente comovente, ou ainda, oportunamente comovente. E mais uma vez a conveniência bate à porta e grita: "Você é um otário!!" Ah, mas que pena. A ela se fecharam as portas e janelas.

Não, a questão não é desistir. Até porque não é de meu feitio. Mas tomar aversão, sim é isso que se consegue, quando não se ouve aos chamados da razão, ao alerta de 'Perigo! A casa vai cair'.

Agora não há mais palavras que consertem e nada mais tem importância ou faz diferença. Ja me passei de falar, reclamar, pedir, aconselhar, conversar... i'm done

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A prática do desapego está sendo muito boa. Sabia que nem dói? Pelo contrário, dá um certo alívio. Melhor ainda quando é recíproco por que aí não é necessário seguir protocolos sociais impostos e ser uma simpatia com quem não faz diferença. Há quem diga porém, que é tudo passageiro e que não demora muito eu mudo de idéia e toda aquela euforia volta. Eu digo que não! Os tempos são bem outros.



"I walked the line so carefully
I took my time, I wondered
The here and now, what matters now
No looking back, that's over" Melanie C